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Este artigo tem como objetivo cartografar a experiência de um acadêmico de Psicologia em um encontro na cidade de Santa Maria/RS, com a temática de Redução de Danos (RD) e Gestão Autônoma da Medicação (GAM). Na ocasião estavam presentes usuários, estudantes, residentes, professores e profissionais do campo da saúde mental, álcool e outras drogas. O gatilho para o pesquisar foi a afetação do estudante a partir da fala de uma profissional que disse: “eu prefiro um usuário de crack internado, amarrado e babando numa maca de hospital do que oferecendo perigo para a sociedade. Nunca vi um usuário de medicamento matar para sustentar o vício”. Um usuário, por sua vez, a respondeu: “a senhora nunca viu um usuário de medicamentos matar para sustentar o vício porque a droga dele tem em qualquer farmácia”. Inspirados pela cartografia, efetuamos um olhar para as reverberações desse acontecimento, constituindo nossa trajetória/método. Buscamos construir uma narrativa histórica das drogas por meio do campo discursivo da RD e GAM, além de mapear a produção de subjetividade na relação com as drogas nos movimentos desse encontro. Consideramos, por fim, que há algo de novo entre RD e GAM: o uso de medicamentos vem se tornando um problema tão importante quanto o consumo de drogas ilícitas. São investidos saberes e práticas para dar conta de inventar e disputar formas de entender e conduzir os modos de vida que incluem as substâncias psicoativas.

Palavras-chave: redução de danos; gestão autônoma da medicação; cartografia.

Redução de danos e gestão autônoma da medicação: cartografando a experiência de um acadêmico em psicologia | Barbarói (unisc.br)