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O artigo aborda duas questões centrais no desenvolvimento contemporâneo da pesquisa em Saúde Mental: a inclusão dos saberes comunitários, ou da experiência, e a participação direta das pessoas na construção dos conhecimentos. Para isso, analisa a experiência de participação cidadã no projeto que traduziu e adaptou um instrumento que prevê um lugar central aos usuários na tomada de decisões do tratamento farmacológico em psiquiatria, o guia GAM (Gestão Autônoma da Medicação). Mais especificamente, procura-se compreender se a metodologia participativa permite transformar as relações de saber-poder e quais são suas implicações. Nossa conclusão é que, através de uma metodologia científica que inclui e valoriza os sujeitos em suas diferenças, a participação pôde tensionar posições hierárquicas pré-estabelecidas, favorecendo um contexto em que os cidadãos, mais empoderados e autônomos, ampliam a capacidade de atuação nas práticas da rede de pesquisa, contribuindo para a desconstrução de condições sócio-históricas de exclusão.

 

Palavras-chave: pesquisa participativa; saúde mental; participação cidadã; gestão autônoma da medicação (GAM)

Referência:  DE CARVALHO OTANARI, Thais Mikie; RODRIGUEZ DEL BARRIO, Maria Lourdes. O Comitê Cidadão e o trajeto participativo da pesquisa GAM. Revista Polis e Psique, Porto Alegre, RS, v. 10, n. 2, p. 9-32, jul. 2020. ISSN 2238-152X.

Disponível em: <https://seer.ufrgs.br/PolisePsique/article/view/104150/57540>. 

doi:https://doi.org/10.22456/2238-152X.104150.