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A Gestão Autônoma da Medicação (GAM) é uma abordagem inovadora desenvolvida em parceria com usuários que fazem uso de medicação. Ela toma em consideração a experiência subjetiva, se esforçando para colocar a pessoa no centro do tratamento farmacológico psiquiátrico, visando uma melhora no bem-estar e na qualidade de vida, criando oportunidades de expressão, diálogo e apoio entre as pessoas, os profissionais e seus próximos. Este artigo, fruto dos resultados de uma pesquisa, apresenta os princípios, práticas e principais impactos da GAM no modo como as pessoas se relacionam com seus medicamentos e com os médicos que as prescrevem. Entre os principais efeitos observados, encontramos uma melhor compreensão da experiência, de seus direitos e do tratamento farmacológico; uma redução, ou eliminação das interrupções de tratamento súbitas e sem acompanhamento; uma percepção de maior controle sobre seu tratamento, sua experiência interior e sua vida; uma melhora no relacionamento entre profissionais com espaço para negociação; e mudanças nas prescrições, o que mostrou grande impacto no bem-estar, qualidade de vida na comunidade e restabelecimento (recovery). Características importantes da GAM são também identificadas em outras abordagens que dão voz às pessoas que fazem uso da medicação.

Palavras-chave: Saúde Mental, medicação psiquiátrica pesquisa qualitativa práticas comunitárias empowerment

Gestão Autônoma da Medicação (GAM): novas perspectivas sobre bem-estar, qualidade de vida e medicação psiquiátrica - Artigos - Revista Ciência & Saúde Coletiva (cienciaesaudecoletiva.com.br)